Carta à mãe Terra.

Mil perdões por destruir teu canto, tua vida.
Somos capazes de acabar com teus rios, mares e oceanos apenas para nosso próprio agrado. Tua natureza não é mais plena, e as vezes me pego choramingando por esta raça sem piedade que não tem a minima comiseração para te destruir.
Nos a tratamos como objeto de propriedade; logo logo nossa tão amada água irá acabar -enfatizando que aqui temos as maiores reservas de água doce-, não por completa, mas o escasso que teremos irá definitivamente ser repensado ao ser usado.
Se não sabe -mas é claro que sabe, estamos na sua casa, no seu recinto- no sertão eles respiram o sol, o tempo é mais que seco e castiga todo mundo. Acá ainda se sente o frescor do vento -e se cair um toró, o povo ainda reclama- lá não se deve nem saber o que é frescor, também pela falta constante de água.
Estamos acabando com o equilíbrio natural da tua fauna e flora. Lá em cima, na Amazônia, é abençoado pela Natureza. Aquilo ali é a vida, e ainda sim estão querendo tirar-la de nós.
Não é só com a sua casa que estão matando, os moradores também. As pessoas esqueceram o conceito de humanidade. Me desculpe a generalização, corrijo-me agora dizendo que a maioria esqueceu o que é ser humano, tem um pequena parcela -que eu rezo para que com o passar desses anos cresça e reverta essa atual situação- que ainda se preocupa com a gente e está sempre ajudando.
O problema é que isso aí é aqui no Brasil, fora daqui tem muito mais.

Minhas sinceras desculpas e afirmo-lhe, estou esperando morrer pra não dar continuidade nesta raça que destrói.
Ps: estou começando a plantar amor pelo quintal, sei que gostas.

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